quinta-feira, 24 de abril de 2008

Estrela mutante

Há de surgir
Uma estrela no céu
Cada vez que ocê sorrir
Há de apagar
Uma estrela no céu
Cada vez que ocê chorar
O contrário também
Bem que pode acontecer
De uma estrela brilhar
Quando a lágrima cair
Ou então
De uma estrela cadente se jogar
Só pra ver
A flor do seu sorriso se abrir
Hum! Deus fará Absurdos
Contanto que a vida
Seja assim
Sim
Um altar
Onde a gente celebre
Tudo o que Ele consentir

Percebi só hoje a beleza e grandeza dessa música.
Acho que o amor bem se traduz nessa letra. Onde um sorriso pode provocar o nascimento de uma estrela ou o "suicídio" de uma estrela cadente. E onde, uma lágrima, pode causar a morte de uma estrela ou seja motivo dela brilhar.
Se conforme eu vivo, eu falo, eu sinto, eu tento me entender... ao mesmo tempo, eu me modifico. Modifico a forma que amo, modifico a intensidade. Modifico como direciono esse amor. Às vezes sou colérica, acelerada, impulsiva, faminta. Me torno chata. Às vezes sou marasmo, espera, paciência, convicção, estratégia. Me torno outra que não eu.
Se exagero demais tentando decidir de forma prática e racional todas minhas pendengas sentimentais, em muito pouco tempo, estarei pulando ao outro extremo, me jogando de olhos fechados no colo de um sentimento que muitas vezes vira às costas para as minhas necessidades. De colo, principalmente.
Não me surpreende que me questionem minha sanidade. Aliás, todos temos um q de loucura, um q de paixão, um q de instabilidade.
Acho até que as pessoas racionais demais, se privam muito e sofrem mais. Com isso, afirmo em mim, mais uma vez, a condição de passional.
Exageradamente amo, sofro, rio, me felicito. Pois pergunto nesse momento, cá aos meu botões: Qual mal está em viver tão intensamente? Sofrer demais? Sim, mas e o viver demais? Fazer de uma felicidade comum, a maior de todas?
Eu consigo sentir uma felicidade mágica, quando estou feliz por ter escutado um Eu te amo. Felicidade essa que me faz enxergar a cor do céu mais azul, o nascer do sol mais bonito que qualquer outro dia. A chuva não traz melancolia, mas aconchego.
Porque ainda tento me convencer que ser tão passional é perigoso? Creio que seja exatamente porque minhas mudanças constantes andam atuando em cada pequena palavra que eu digo. Cada pequena frase que escrevo. Cada conclusão tem sua percentagem a ser inserida na minha personalidade. Pode durar alguns minutos ou ficar pra sempre, mas sinto que elas têm me modificado.
Já tive medo. Não deve ter muito tempo. Não sinto mais.
Daqui a pouco devo estar mudando novamente. Tudo!
Eu, uma mulher em mutação, no afã de ser uma estrela em busca do seu sorriso.

Um comentário:

Madame Mim disse...

Oi, Mimiiiiiiiii...
eita mulher apaixonada, hein?

Cara, adorei essa imagem do Cristo.

Beijão!

Drink me

Não te interessa dizer quem sou. Talvez te interesse o que eu tenho pra dizer. As coisas que eu sei.... As coisas que eu vi. Tudo por que passei. Não me sirvo em um copo, mas me permito dar-me em doses. Doses de mim. Se apreciar, beba sem moderação. Se não gostar, me vomite. Não me importarei.