Coisas que eu sei...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Sentimentos ou pecados?

Dizem que a raiva é muito feia. Pobre da raiva, às vezes ela ajuda tanto.
Não chamaria ela de feia, mas de prestativa.
Ela te ajuda a esquecer o ex, a pensar no quanto ele é nocivo, a não lembrar de coisas boas, a partir pra cima de alguém q há meses merece uma boa "chamada".
Não feia, porém triste é a mágoa. Essa nos consome, essa brinca com nosso emocional. Não a convidamos para entrar, odiamos sua visita, mas alguém, a quem geralmente abrimos a porta, a traz de penetra em determinado momento.
A mágoa é como a vassoura da dança da vassoura. Alguém quer sair e ao invés de deixar um sem par, não, prefere nos enfiar a vassoura goela a dentro. Essa é a maldita mágoa.
Há quem diga que ela é causa de cânceres.
Hoje eu concordo.
E digo: Me deixa ter raiva! Me deixa gritar, bater, explodir, xingar, fazer e acontecer. Me deixa usar de sentimentos ruins para evitar a dor da ausência dos bons. Mas não me deixe a mágoa adentrar minha alma.
Ela é sorrateira, ela é mutante. Ele se faz invisível às vezes para se manter mais tempo em nós. E quando achamos que ela se foi.... olha ela ali a nos castigar.
Para quem a provoca, ela é por certo tempo, indolor. Ou é totalmente indolor, na medida da ausência de consciência.
Para os mais cruéis, ela é realmente e totalmente indolor. Quem a provoca é tão egoísta que não faz parte de sua vida, saber o que causou a ninguém. Oras, ele não tá sentindo nada!!!!
Para quem se deixa habitar por ela, fica o amargo, fica o medo, fica tudo insosso.
As emoções são as primeiras a serem atacadas... como um vírus, parece que tudo que você sente tá dez vezes mais exacerbado, e qualquer pequena fagulha é o estopim para a tristeza profunda, a solidão, a sua própria exclusão do mundo.

A gente diz que pode não se deixa habitar por ela, mas eu não acredito que tenhamos tanto controle assim. A começar porque todos...digo todos mesmo.. temos a mania de colocar expectativas demais nos outros. Segundo, porque quando nos deixamos envolver, permitimo-nos cobrir por um véu. E terceiro, porque ainda somos seres humanos, amamos, confiamos, esperamos, deixamos a razão de lado...... e infelizmente, as outras pessoas são seres humanos também, que cometem erros, que são egoístas, que tem defeitos, e que magoam com ou sem consciência.
Mas tenho uma certeza: Tudo que aqui é feito, aqui tem retorno. Aqui se paga, como diz por aí.

O que quero falar é que culpados não são importantes. O importante é se permitir ter raiva, reagir. Pode ser que a gente erre também. Peca-se de lá, de cá, em todo lugar.
E não adianta botar a culpa na maçã. Nem na mulher.

Melhor mesmo é sentir felicidade, mas se a raiva for o meio de se conseguir isso, porque não pedir uma ajudinha???
Só não se permita alimentar mágoas. Vc não as convidou, não autorizou sua entrada, mas a partir do momento que ela está ali, faça de tudo para deixá-la morrer.... por INANIÇÃO mesmo!
Sinta tudo que tiver que sentir, só não seja absorvido pelo pior.

BJXS!!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Drogas da vida (LÍCITAS!!!!)

Quem nunca tomou que atire a primeira pedra.
Com nove anos de idade, após perder uma tia que era uma mãe e morava comigo, eu tive psoríase.
Para quem conhece ou não, o que posso dizer é que é uma doença psicossomática. Pena que naquela época eu não fazia idéia do que se anunciava. E minha mãe nunca soube e nem sabe o quanto traumas e problemas emocionais abalam nossa saúde. Ou melhor, devem ser considerados problema de saúde.
Hoje acredito que todos nós passamos por problemas emocionais e/ou psicológicos, e quando acometidos de algo do tipo, devemos encarar não apenas como uma fase, mas como uma doença.
O fato é que eu penso isso hoje, com 31 anos, depois de relutar muito.
Aos quinze anos perdi meu pai para um câncer de forma brutal e rápida. Eu achei que não tinha sido um golpe tão forte. Mas claro que foi. Aos 16 anos eu ainda não menstruara e minha auto-estima era baixíssima e a insegurança altíssima.
Aos 17 me vi evoluindo e me achava a adolescente bem-resolvida e nada revoltada.
Balela! Eu sofria horrores e me escondia numa fachada "cool".
Aos 18 me apaixonei pela primeira vez e foi um desastre. Fui humilhada, moralmente assediada, sofri todo tipo de violência verbal e emocional. (na época não sabia disso... devia ter processado esse desgraçado!)
Foi então que conheci a 'depressão'.
Foram meses sem vontade de sorrir, de viver, de sair, de comer, de ver TV, de fazer nada. Eu perdi meu primeiro emprego sério, comecei a pensar em abandonar a faculdade já que não tinha vontade nem de ir às aulas. Eu cursava UERJ, um sonho, e agora tudo era pesadelo.
Mas eu não podia contar para ninguém o motivo disso. Eu havia perdido a virgindade com um louco manipulador e cruel, e minha mãe achava que eu ainda nem pensava nisso.
Se eu não podia dividir, eu não podia aceitar que estava em depressão. Eu precisava superar e fingir. Tomei muita neosaldina, plasil, buscopan.... sentia dores que iam além das da alma, era no meu corpor mesmo.
Depois de alguns meses foi melhorando.... o cafajeste me procurou, eu consegui usar isso a meu favor. Levantei a poeira, dei um troco humilde perante tudo q passei, e resolvi mudar.
Foi aí que aprendi a beber. Aos quase 19 anos eu começava a beber cerveja. No início nem gostava muito, mas era legal. Todos bebiam, dava aquela leve embriaguês.
A vida passou a ser mais tranquila. Amigos, novo e verdadeiro amor surgiu, saídas, viagens, trabalho novo. Tudo super dez.
Mas agora eu bebia, tragava uns cigarros de vez em quando de alguém, me enchia de comprimidos ao menor sinal de enxaqueca, tontura, enjôo....
Só que até então eu ainda não tinha parado para pensar aonde ficara guardado aquelas experiências traumáticas que eu quis acreditar que tinha superado.
E nesses meus últimos cinco anos de vida é que posso dizer aonde estava guardado.
Estava guardado num canto oculto de mim, onde lá eu fui adestrada a conviver, me acostumar e viciar na dor. Como um cachorro preso por anos, que quando abrem a porta ele não corre por medo do que o espera, eu me trancafiei nas minhas experiências e não sabia que tinha adquirido compartamentos que me aprisionavam e me faziam mal.
Todas as experiências de relacionamento que tive de lá pra cá, principalmente amorosa, foram baseadas em manipulação sobre mim, em ciclos de rompimentos e brigas, em situações de escravidão emocional, em dependência, em desrespeito e muitas vezes humilhação.
Ciclos que me levaram a mesma falta de vida do episódio um do carinha que gostei. Ciclos que me fizeram passar por humilhações e dominações que eu mesma me permiti.
Ciclos que me levaram a depressão muitas vezes. Me fizeram perder pessoas, tempo, situações importantes. E eu nunca acreditei que eu, a menina extrovertida, que chama atenção, poderia ter momentos depressivos e estar simplesmente: doente!
Eu precisei passar novamente por isso, agora com duas filhas e um trabalho que é a alavanca para meu futuro, para eu ver que não podia mais uma vez me deixar convencer que é apenas tristeza, uma fase ruim, ou qualquer besteira que eu inventava para dizer que eu era forte e que depressão não era coisa pra mim!
Como a gente se engana.
Não adianta sair para beber, ver amigos, curtir night. Não adianta esquecer o amor que nos magoou, nem a pessoa que nos traiu, nem aquela atitude que esperamos de alguém e não tivemos. Não adianta esquecer. Não adianta fingir. É preciso superar.
Por mais de um ano eu estive nessa. Por um tempo fingi que não sofria. Por outro tentei dominar e fingir que era eu no controle. Em outro voltei a me ver medíocre perante quem deveria me valorizar e lá me via novamente nos remédios.
Agora, já era relaxante muscular com cerveja, pra dar sono. (Logo eu que nunca tive insônia... sono me sobrava!)
Era dramin ou durmonid para não ficar acordada com a mente trabalhando em prol das maluquices.
Roubei sertralina do armário da minha mãe. Deu efeito rebote. Tive espasmos musculares, tremores horríveis, a perna chacoalhava, a cabeça formigava. Eu fiquei quente, descontrolada, pensei que ia morrer.
Achei melhor ficar depre.... o tandrilax com cerveja me dava risos, depois sono e mais sono.
Foi aí que adoeci. Me vi com um tumor no rim e tive que tirar o direito. Me vi com infecção da cirurgia. Me vi com enjôos e alterações hormonais. Depois foi colite nervosa, adenite peritoneal, fora as alergias de pele e olhos.
Ah meus 9 anos.... se a gente soubesse que lá naquela época meu corpo já avisava que eu sempre somatizaria meus problemas emocionais!
Hoje parei. Parei para me ver.
Eu cuido das minhas filhas, dos amigos, dos colegas de trabalho. Escuto, ligo, considero, zelo!
Eu saio, eu ainda bebo minha cerva, danço. Mas quando eu paro para olhar para mim mesma, naqueles minutos que o nada domina sua mente, eu vejo que ainda há tudo ali... dos 9, 15, 18, 26 anos! Eu estive doente muitas vezes e deixei o vírus não-ativo, mas lá. E hoje, diante de mais um período de tristeza, de separação, de problemas eu vejo que cuidei pouco do meu emocional.
Perdi pessoas, me permiti para outras que não valiam. Fui sempre vítima de ciclos que eu hoje vejo bem, mas fui a ré para quem não sabia que pequenas atitudes numa alma doente pode acarretar.
Eu não sabia, ninguém podia saber.
Meu maior passo foi aceitar o que nunca quis ver. É hoje saber: estou doente. Doença crônica, me acompanha da infância. Ela me tornou quem não sou. Ela me fez aceitar o que ser humano nenhum deve aceitar. Ela me fez achar que conseguia ser feliz mesmo sofrendo.
Sim, hoje aceito que tenho uma doença. E com isso quero salvar meu corpo, meus relacionamentos, minhas filhas, meu futuro.
Muita coisa não terá como recuperar.
Muitas sim, pois estão a frente e não tive tempo de perdê-las ainda.
Se tiver que tomar rivotril, olcadil, lexotan, ou qualquer outra coisa, que seja. Mas pelo tempo suficiente de poder me ver livre dos sintomas, que eu mascarei até então, atrás do trabalho, das minhas filhas, da night e dos amigos.
Só que o que quero mesmo é tirar todo tipo de droga da minha vida: remédio, pessoas, situações, ciclos viciosos, escravidões, jogos mentais.

Se vc precisa se drogar (licitamente), sumir, gritar, chorar... faça. Mas não passe por isso achando que resolveu. Você apenas pulou. E pular não é resolver.
Assuma o problema e ache sua solução.
Eu me considero feliz, mas ainda serei muito mais, porque hoje eu sei de cada etapa que pulei e estou resgatando a tempo de mudar minha vida.

Lembrem-se: Pessoas podem ser muito perigosas, ainda mais quando você deixa a porta aberta para elas.
E: Vc também pode torná-las perigosas, na medida do que você foi acostumado e acredita ser sua realidade.
Acredite: NUNCA É, MUDE-A.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Coisas que me irritam profundamente

* Ronco. Não tô falando daquela roncadinha de quem bebeu muito ou daquelas roncadas esporádicas quem tá resfriado. Tô falando daquele roncador sem-vergonha, que ronca alto, faz variações de sons que vão de chiado de chaleira até sonoplastia do Godzilla. E pior: Ouvir o ronco do vizinho quando se está no banheiro no calar da noite. Haja ouvido para dormir do lado de uma criatura que ronca no terceiro andar e você do sexto consegue ouvir. Jesus acende a luz desse inferno desse homem!

* Chupadinha com chiado entre os dentes. Você não deve tá imaginando do que estou falando, mas vou explicar: É aquele barulhinho baixo, mas absurdamente inconveniente, que alguns seres mau educados fazem quando tentam por exemplo tirar um fiado de carne que está entre os dentes lá do fundo da arcada dentária. E parece que quem faz isso, se torna viciado! Pode não ter carne nenhuma e a pessoa continua numa loucura imaginária de permanecer tentando tirar. Haja paciência. (Vontade de andar com escova de dente e palito na bolsa só pra dar pra um filho de uma égua desses!)
Não acho nem apenas irritante, acho muita falta de educação mesmo.

* Adolescentes na praça de alimentaçao dos shoppings. Tá, tudo bem! Eles são adolescentes, a maioria ainda não pode ir pra night, tem hora para chegar e tal. Mas se eles observassem que mesmos os casais mais apaixonados da meia-idade, ou jovens, não se atracam no meio do shopping, entenderiam minha indignação. Claro que por eles terem 12, 13 anos, me irrita vê-los aos amassos na frente de idosos e crianças. Mas qualquer casal, que fique em meio á praça de alimentação dando beijos de língua de invejar muito beijo de novela, me irritaria! E não fica só no beijo.... Tem língua na orelha, amasso, caras e bocas! E a praça de alimentação num domingo, ás 19hs, tá bombando! Eu costumo dizer: Se fosse filha minha ia pra casa debaixo de porrada!
E não são só os beijos não... eles vão em bandos! Gritam, riem alto, se agrupam em mesas e não saem por nada desse mundo! São centenas! Deveriam criar algo do tipo "teenódromo"... sei lá....

* Call center ativo de assinatura de jornal. A cada semana, recebemos em casa, cerca de 2 ou 3 ligações só do O Globo. Já estou começando a sacar os prefixos de telefone e atender já dizendo que sou a empregada e a patroa não está! Outro dia, escutei a atendente por 4 minutos initerruptos. Ok. Deixa ela fazer o dela. Mas quando eu falei: "não, obrigada, nao estou nem um pouco interessada", a fulana teve a ousadia de me responder: "vc nao se interessa por informação e cultura?" Aaaaaaaaah.... ela pediu, né? E lá foi minha tréplica: "querida, eu tenho informação 24 horas por dia, em tempo real, online! Até mesmo pelo G1, que é da sua empresa. Agora vc deveria assinar, já que não pode acessar no trabalho e deve demorar uma penca de tempo no ônibus para chegar até aí. Vai lendo...quem sabe vc arruma um emprego melhor no Boa Chance (caderno de empregos do digníssimo jornal que ela tentara me vender)."
tu-tu-tu-tu-tu
É, ela desligou na minha cara....sem nem dizer as frases de agradecimento! Ingrata. Eu tentei ajudá-la! Da próxima vez digo só a última frase, e nem dou tempo dela fazer o jabá. Vai ter que ligar para mais pessoas nesse dia. Ingrata de uma figa!

* Erro - O Orkut apresentou um comportamento inesperado. Tente novamente mais tarde.
Miséria, pouca miséria. Você passa hoooooras tentando baixar as fotos daquele fds bombástico, enquanto todos seus amigos te sequelam na internet pedindo para você mandá-las. Vc adiciona, carrega uma a uma, espera, edita e quando acha que vai estar tudo bonitinho, o cabloco zombador do Orkut baixa com toda força e a mensagem de merda aparece: Erro X54Zy8. O Orkut apresentou um comportamento inesperado. Tente novamente mais....PUTA QUE PARIU...... Nãããão!!!!!!!!
Se sou eu, cabou! Não posto mais foto nenhuma pelo menos naquele dia. Vá se f......

* Garrafa de água na geladeira com menos de um dedo para acabar. Caraca, custa tirar da geladeira???? É preguiça mesmo???? Ou você não sente que a garrafa tá tão leve porque deve estar praticamente vazia? Por que raios alguém enche o copo e deixa uma garrafa com menos de 50 ml dentro da geladeira? É medo de encher? Pressa? Imagina então esta prática na Bahia?! A garrafa deve ficar vazia e dentro da geladeira uns três dias, até resolverem fazer um adedanha e depois, mais 2 dias só para finalizar tão difícil procedimento. Haja preparo físico!

* Cutucada. Disso eu já falei na web, me lembro bem. É quase uma unanimidade. Afinal, nada mais chato e irritante que alguém que fica cutucando teu ombro ou te dando tapinhas no braço para fixar sua atenção. Ouvimos com os ouvidos, olhamos com os olhos, e a atenção vai muito além desses dois órgãos. No braço você não vai conseguir nada....pode parar de cutucar agora!!! Obrigada!
Tem gente que deve ter TOC, nao é possível! Tem gente q se falar 20 minutos, vai te cutucar durante os 20 minutos! Para mim não dá. Depois do segundo minuto já mando a criatura parar com a mão ou mantenho a famosa distância de segurança, aplicada mais no trânsito, mas que funciona que é uma beleza. O risco é apenas um: o cara ser tão persistente a ponto de vocês começarem a se locomover durante a conversa. Ah, não andem em círculo...além de irritar, deixa tonto, ataca logo a labirintite!

* Mentira descoberta. Isso não me irrita, me transforma. Se eu sei que você fez alguma coisa e tenho provas disso, não me negue dizendo que não fez. Geralmente quando eu sei que alguém fez algo que não vai querer assumir, eu começo a pergunta com: "Vou te perguntar uma coisa e sugiro que vc me fale a verdade!" Mas é batata! É o mesmo que não dar dica nenhuma. Parece que quem mente não pensa que você pode não tá blefando!
Não tô dizendo que é uma verdade absoluta, mas as pessoas ultimamente andam muito covardes. Elas preferem a teoria do "quero ver provar" do que a "prefiro assumir meu erro que levar fama de mentiroso".
Sou totalmente adepta da segunda teoria. A ponto de ter sido ameaçada pelo meu ex de terminar comigo caso eu fraquejasse e colocasse um cigarro na boca. Eu fraquejei. E obviamente: contei. Claro que ele não terminou por isso, mas poderia. Eu achei melhor correr o risco.
Dá raiva e sinto até vergonha pela pessoa que nega e permanece negando, enquanto você a encara com aquele olhar "sei que você tá mentindo". Só que eu sou chata. Vou perguntar até a pessoa falar, senão explodo mesmo e parto pra agressão! Verbal, claro. Mas se for preciso parto para a física....depende da mentira e da cara de pau do sujeito!

* Toalha molhada em cima da minha cama. Não, não sou casada. Já fui. Mas lá em casa quem costuma fazer isso é a minha mãe. Ela cuida das minhas filhas para mim e as coloca para ir à escola. Então perto da hora do almoço ela dá banho, arruma e tal.
Quando eu chego do trabalho, às 18:30, e abro a porta do meu quarto e adentro o recinto.... e olho a porra da toalha das meninas, molhadas, em cima do meu edredon único e "introcável".
Vocês conseguem imaginar o barulho do meu grito???? Eu xingo até dizer "chega". Fico transtornada mesmo! Provavelmente se ainda tá úmida, não vai secar até eu dormir!
Caramba...custava pendurar?! (Mas aí entram outros problemas, coisas de família.. rs.. minha mãe reclama, diz q sou ingrata, eu me estresso, digo q ela tá se fazendo de vítima porque esquece as toalhas, já que a cama não é dela.... e que entre a música de fundo..."essa família é muito unida, mas também muito ouriçada, brigam por qualquer razão....")

Tem mais.... mas tô com sono. Prometo uma segunda parte.

bjxs!
ps: sorry pelos erros, mas ando escrevendo sempre na madruga, em meio à escuridao!
;-)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sei o que quero saber

Ando indignada.
A minha sensação é de que as pessoas cada dia mais aceitam mais as coisas e acham tudo normal.
As pessoas (nas ruas) reclamam de emprego. Eu vejo é oferta e mão-de-obra desqualificada.
Os salários estão muito abaixado da média divulgada por institutos competentes. Você pede R$3.500 de salário e vai receber a proposta de R$2.500. Muita gente pseudo-qualificada...engana o mercado...lota a procura....dá margem a quem oferta de diminuir a remuneração. E isso dá uma reação em cadeia desestimulante. Porque os bons profissionais são prejudicados pela massa desempregada e mal-remunerada.
O que resta aos bons? Procurar mais, arriscar mais e fazer valer seu currículo e formação.
Ando indignada com as mulheres. Minhas amigas, a cada dia, me dão provas do perfil machista e atual das mulheres (desesperadas).
Na busca de um modernismo hipócrita e por um pseudo-feminismo que mais esconde um machismo dos mais radicais, elas levantam bandeiras e defendem posturas que as próprias tinham ogeriza a dois, três anos atrás.
Recebi texto de amiga minha dizendo o quanto era bom ter um homem gostoso, amoroso e inteligente....mesmo que ele fosse galinha, infiel e desse escapadas. Essa mesma amiga que dizia há algum tempo atrás que queria valor, fidelidade e companheirismo. Hoje, se contenta com um corpinho sarado e companheirismo.
Será que sou eu que pirei????
E pior, ela me dava conselhos do tipo: Seja mais cega. Deixe seu homem sair, fazer o q quiser. Nao existe homem fiel, nem que ame a ponto de ser certo!
Opaaaaaa!
Eu estou sentindo o quê de machismo aí???
Imagino essa minha amiga casando com esse homem, fazendo janta, deixando ele beber com os amigos, trepar com as cachorras e voltar pra casa numa boa.
Aí o marido chega e pergunta: Oi amor, fez a janta? Tá cheirosa pra mim?
E ela responde: Fiz sim, amor. E ainda lavei sua roupa. Tô cheirosa, mas sobrou fôlego pra mim? AInda tem vitamina nesse saco???
??????????
Eu espero muito mais que isso.
Sei que eu ando indignada, porque cresci com ideais de carater, fidelidade, lealdade, verdade, que vão de encontro com a vida de hoje.
Mas mesmo que tenhamos que fechar os olhos pra certas coisas, nunca podemos deixar de ver o essencial.

Depois escuto na televisão as pessoas dizerem q não acreditam na monogamia.
Me indigna.
Eu ACREDITO.
Porque eu acredito em amor. Em sinceridade.
Existem fraquezas e erros, mas comportamentos e posturas sempre erradas já é falta de vergonha na cara.

Que mundo é esse?
Que tipo de mundo é esse onde temos que fingir que não sabemos e não saber do que precisaríamos estar sabendo?

Termino pra não entrar no tema abordando política. Aí mesmo que esse post viraria um testamento.

Inté.

sábado, 27 de junho de 2009

Eu

Seguindo o conselho de uma amiga resolvi escrever.
Em períodos de problemas e mágoas, a gente sempre tenta fugir num copo de cerveja, mas ando com medo.... eles já me criaram problemas demais no passado.
Hoje, eu preciso ser adulta. Eu preciso firmar meu lugar ao sol. Bem, dizer, tenho que impor respeito....coisa que já vi há tempos que tenho certa dificuldade de fazer.
Quando eu era bem pequena, eu já sofria nas mãos dos colegas da escola. Ou porque eu era a CDF ou porque eu era a Olívia Palito.
Me achava o patinho feio....e nao faltava quem colocasse lenha na fogueira pra me fazer acreditar 100% nessa idéia.
Na adolescência, o caos foi completo. Eu perdi uma tia em quem eu era muito grudada, perdi meu pai logo ao completar quinze anos, tinha uma doença que apodrecia todas as minhas unhas e que fazia com que todos os colegas da escola tivessem medo até de me dar a mão. Eu era excluída, era a chacota, era a leprosa. Tinha poucas amigas, mas que não escondiam a pena que tinham de mim. E eu, era a pior de todas, porque eu morria de pena de mim mesma.
Meus peitos nao cresciam, nem perna, nem bunda. Era aquela coisa comprida e magra, de cabelos enrolados e cheios, com dentes tortos e com as mãos piores do que Eduard - maos de tesoura! Se eu me sentia deprimida? Se eu chorava?
Horrores!
Mas sempre teve uma mulher dentro de mim que se achava linda de alguma forma, que se achava poderosa, que se achava até melhor que muitas outras pessoas perfeitas. Eu sabia que eu era inteligente, sabia que pensava mais rápido que a maioria das minhas amigas juntas!
Mas pra mim isso não era o bastante.
Comecei a malhar com 16 anos, juntando dinheiro de merenda de colégio. Comecei a me interessar por uns carinhas e todos me olhavam sem me olhar. Eu me sentia invisível.
Me apaixonei por uns 10 caras que me deram 1% de atenção diante do 0% que eu tinha. Mal sabia eu que não tava recebendo nem metade do que merecia e poderia ganhar.
Aos 17 anos me apaixonei pelo cara mais louco, babaca, surtado e convencido da galera. Eu tava trabalhando em loja, tinha que ter algum dinheiro. As coisas lá em casa tavam difíceis depois da morte do meu pai. Esse carinha dava mole pra todas as vendedoras de loja, inclusive eu. Pra mim nao importava...ele me dava mole! E eu achava ele gato, sarado, malhado e tudo que os caras que nunca olhavam pra mim tinham!
Ficamos algumas vezes. Nao foi meu primeiro beijo, mas foi o primeiro com quem quis ter algo mais. Dias antes de completar 18 anos, ele me avisou que se mudaria pra Fortaleza e que acabaria ali qualquer coisa entre nós. Eu me desesperei. Surtei mesmo. E tomei a decisao: quero perder a virgindade com ele.
E marcamos tudo. E aconteceu.
Uma merda. Nao aquela merda de primeira transa que é sempre ruim, mas uma merda geral aconteceu.
Ele me tratou mal, ele me esculachou, ele gravou na secretária eletrônica ao mesmo tempo que o speaker ligado transmitia pros amigos dele. Ele falou que nunca sentiu nada por mim, só pena. E tava fazendo aquilo pra me libertar, pra me fazer deixar de ser bobinha. Me falou tanta coisa, que eu lembro apenas de ficar muda e ir caindo no chao, meio que sentada, porque me faltava forças. Vi ele pegar uma caixa com todos os meus cartoes e poemas e rasga-los e joga-los em cima de mim rindo. Cena de terror total!!!!!!!!
Saí dali completamente em choque.
Era a primeira vez que eu entrava em depressão. Com 18 anos. Nao comia, nao levantava do sofá, perdi emprego, perdi a vontade de viver. Depois de 3 meses, eu superei. Sozinha. Não sei nem bem como, mas lembro que foram muitas amigas que na época me arrastaram pra Buzios e de lá eu nao saía....era night, cervas e tudo mais!
O patinho feio aqui começou a ligar o foda-se. Se eu nao fosse cisne, ia ter quem gostasse assim mesmo. E se nao gostasse, fodaaaa-se!
Foi aí que as coisas começaram a andar, eu engordei 12 quilos, tava gostosa. Huhu. Minhas unhas deram um jeito, já conseguia fazer unha de porcelana e pareciam lindas e minhas! Meu cabelo tava enoooorme e super escovado. E eu??? Suuper hiper mega blaster confiante em mim.
Foi quando apareceu um fofinho, meio gordinho, de pneus laterais e rosto de criança. Só de imaginar as coincidências todas que aconteceram para eu conhece-lo e pensar que dois anos depois eu estaria casando com ele e em seguida tendo uma filha, é surreal.
Encontrei um cara lindo por dentro e por fora. Homem e amigo admirável. Alguém que nunca saiu da minha vida e com quem eu posso contar até hoje. Sempre com doçura, gentileza, lealdade. A vida me mostrou tanta coisa nessa transição do maluco psico e do meu ex-marido, que eu só posso dizer hoje: Se a gente é do bem, tem que se aguardar, pq se a dor vier, em seguida vem a felicidade.
Dito e feito.
Infelizmente, nós fizemos tudo rápido e jovens demais. Acabamos nos separando e foi a perda mais dolorosa que tive depois da morte do meu pai. Ele ta vivo, gente. Perda = separaçao, ok?
E muuuita coisa aconteceu depois. Conheci pessoas super do bem, caras super FDP, tive outro filho, amadureci horrores, fiquei ainda mais bonita, mais peituda, mais autoconfiante!
E também continuei me decepcionando, errando, caindo, sofrendo e separando.
Hoje, eu to na fase de introspecção. Talvez por isso tenha feito este post quase que de auto-análise. Estou tentando entender meus atos, minha postura, meus defeitos para talvez depois, entender o dos outros.
A fase é obscura, cheia de incertezas, dúvidas. Ainda me encontro perdida, sem saber nem por onde comecar. Mas uma coisa eu aprendi: o dom da paciência. Saber esperar quando nao se sabe o que fazer. A tentativa de resolver as coisas muitas vezes precipita outras que nao estavam no script. Se eu nao sei tanto de mim, como alguem pode saber? O outro também precisa de tempo para se entender e aí também tentar me entender. E sabe se lá se entenderá, eu ainda nao sei se me entenderei.

Na verdade, acho que este post foi mais pra me lembrar de tudo que já passei e pra eu não cair na burrice de me permitir surtar e entrar em depre, como se eu nunca tivesse passado por dificuldade nenhuma. (Olha que nao contei nem um terço das coisas horríveis que já passei.... ex com uma vida horrivel, tumor, internacao, processo contra mim, etc.....)
De certo uma coisa foi boa, o conselho da amiga.... melhor escrever que beber!

Força sempre.
beijo

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Coisas que há tempos eu não sei...

Long time no see you!
Well people..... I'm very busy nowadays.
Sorry to have gone without send even a message.

But I'll be back.
I promise.

PS: O trampo no Copa Palace tá me sugando....virei workaholic total!!!!!!
Péssimoooooooooo!
Pior.... hoje me acidentei e tô digitando há mais de quinze minutos essas poucas linhas. Logo essa semana q tem show do Claudio Zoli, eu tô assim.... Hell!

E fica a música da semana, do Ting Tings
That's not my name.

Best part os this song: They call me hell / They call me Stacey/They call me Jane (aí eu lembro de uma amiga....rs.....) That's not my name....that's not my name!!!!!!!!!!

bjuxs e me aguardem.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Coisas de lenda urbana....ou lenda virtual???

Ontem, meio-dia, hora do almoço, cafeteria da minha empresa.
Eu vou até o microondas, coloco meu potinho de tupperware para esquentar. Sento na mesa e antes mesmo que eu pudesse começar a comer, escuto duas pessoas na mesa comentar:
"Pois é, menina! Li na internet que esses potes de plástico soltam várias substâncias tóxicas. Dizem que é um veneno comer em "cumbuca" de plástico e ainda mais esquentar ela no microondas. Li que causa doença mesmo. Perigosão."

O que aconteceu??? Fui murchando, né???
Eu olhava pro meu potinho e pensava: Porra..envenenado???? Caralho, tô com maior fome!
Aí eu dava uma garfada e pensava: Po... mas substâcias tóxicas é foda! Mó perigo mesmo.
E dava outra garfada.

De repente a mulher que discursou sobre o perigo dos "potinhos" abre uma embalagem e eu vejo escrito: "lanchonete da tia vera".
A maior birosca da redondeza!!!!!!! Daquelas q a massa da pizza é aberta num balcão mais sujo que o chão do lugar.

E ela ainda acha q perigoso é comer em potinho????
Aaaaaaaaah... dá licença....
Comidinha que mamãe fez com tanto carinho, fala sério!

.

Se eu fosse levar fé nessas merdas de internet, nunca mais comeria Big Mac (porque tem carne de minhoca), não tomaria nada na latinha (para nao morrer por leptospirose), não comeria tomate (porque as sementes dão problemas nos rins), nem tomaria leite ou comeria queijo (porque uma pesquisa oriental demostra que leite e derivados facilitam o câncer).
Eu não atenderia mais telefone com medo de ser clonado, ameaçado, sequestrado.
Não comeria chiclete babaloo (porque eles injetam uma droga dentro do líquido)
Eu também não tomaria mais redbull (porque ele pode me causar hemorragia cerebral, infarto fulminante ou falência do fígado!)

AAAAAAAAAAh me poupem!
Que saudade da época que lenda era pensar que dentro do boneco do fofão vinha uma faca!!
Ou que a gente ia escutar coisas demoníacas ouvindo o LP da Xuxa ao contrário.....

Tempo bom....

Drink me

Não te interessa dizer quem sou. Talvez te interesse o que eu tenho pra dizer. As coisas que eu sei.... As coisas que eu vi. Tudo por que passei. Não me sirvo em um copo, mas me permito dar-me em doses. Doses de mim. Se apreciar, beba sem moderação. Se não gostar, me vomite. Não me importarei.