"O amor é como a criança: deseja tudo o que vê."
William Shakespeare
É por isso que eu tentei fugir. É por isso que te peço que respeite os que tenho aqui dentro de mim. Soa piegas, ridículo e até humilhante, que eu precise te lembrar do que sinto por ti.
Será que não vês que isso me torna menor?
Será que não entendes que resistir a você, é persistir por mim?
Porque teimas em achar que você pode ter as coisas no momento e no formato que sua realidade permite, e que eu possa, sem me machucar, me adaptar a essas oscilações?
Tão pouco conheceis de mim, diante do tanto que quiserdes ver.
Me abri e você pouco enxergou, preocupado em ver suas próprias necessidades.
Sou tão e mais especial que merecias, mas tão e profundamente especial a ponto de ainda no período de abstinência, pensar em você. Achas fácil se preocupar com aquilo ou aquele que é o motivo da nossa dor, o motivo da nossa luta e da nossa tentativa de acreditar e supor sonhar novamente???
Você só vê o que você precisa, deseja, quer, sente..... e só pensar em si é até natural, mas não é normal. Não quando se diz haver amor. Amor entre dois seres.
Mas pra mim, você NUNCA deu essa opção. Do fazer, querer, procurar, realizar, almejar, sentir o que fosse minha, MINHA necessidade.
O amor é tudo, menos egoísta.
segunda-feira, 31 de março de 2008
quinta-feira, 27 de março de 2008
Coisas que sinto
Eu te falaria... se você algum dia pudesse ter realmente me ouvido:
"Pois vê só quão pouca consideração tens por mim: estás querendo tocar-me, como instrumento, conhecer os meus registros, do mais alto ao mais baixo. Há muita música boa; aqui dentro, e mesmo assim não sabes como tirá-la deste pequeno órgão. Estás pensando, por Deus, que eu seja mais fácil de ser manuseado que um pífaro? Podes dedilhar-me á vontade, não tirarás nota alguma de mim!" - Hamlet, lll ato, cena 2
Outra transcrição do mesmo trecho.
-->Ora vede que coisa desprezível fazeis de mim. Pretendíeis que eu fosse um instrumento em que poderíeis tocar à vontade, por presumirdes que conhecíeis minhas chaves. Tínheis a intenção de penetrar no coração do meu segredo, para experimentar toda a escala dos meus sentimentos, da nota mais grave à mais aguda. No entanto, apesar de conter este instrumento bastante música e de ser dotado de excelente voz, não conseguis fazê-lo falar. Com a breca! Imaginais, então, que eu sou mais fácil de tocar do que esta flauta? Dai-me o nome do instrumento que quiserdes; conquanto voz seja fácil escalavrar-me, jamais me fareis produzir som.
"Pois vê só quão pouca consideração tens por mim: estás querendo tocar-me, como instrumento, conhecer os meus registros, do mais alto ao mais baixo. Há muita música boa; aqui dentro, e mesmo assim não sabes como tirá-la deste pequeno órgão. Estás pensando, por Deus, que eu seja mais fácil de ser manuseado que um pífaro? Podes dedilhar-me á vontade, não tirarás nota alguma de mim!" - Hamlet, lll ato, cena 2
Outra transcrição do mesmo trecho.
-->Ora vede que coisa desprezível fazeis de mim. Pretendíeis que eu fosse um instrumento em que poderíeis tocar à vontade, por presumirdes que conhecíeis minhas chaves. Tínheis a intenção de penetrar no coração do meu segredo, para experimentar toda a escala dos meus sentimentos, da nota mais grave à mais aguda. No entanto, apesar de conter este instrumento bastante música e de ser dotado de excelente voz, não conseguis fazê-lo falar. Com a breca! Imaginais, então, que eu sou mais fácil de tocar do que esta flauta? Dai-me o nome do instrumento que quiserdes; conquanto voz seja fácil escalavrar-me, jamais me fareis produzir som.
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Drink me
- Lôra
- Não te interessa dizer quem sou. Talvez te interesse o que eu tenho pra dizer. As coisas que eu sei.... As coisas que eu vi. Tudo por que passei. Não me sirvo em um copo, mas me permito dar-me em doses. Doses de mim. Se apreciar, beba sem moderação. Se não gostar, me vomite. Não me importarei.